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EJOH

Incessantemente, ao som de SOAD, relembro cada minuto, como se fosse intemporal. A passagem lenta, dolorosa e ingrata. As facas afiadas a cortarem lentamente a pele como se de papel se tratasse. A tinta e o sangue a escorrem todos os dias. E, eles corriam. Fracos, mortos, tristes, mórbidos, cabisbaixos.
Eu corria e nas encruzilhadas parava para ver o mar. Um mar azul muito límpido, coberto de calma, serenidade. As horas corriam ininterruptamente sem me pedirem autorização. Isto levava a que eu visse todos a avançarem sem pararem. Eu ali, sufocada, caída, sem ninguém. Todos passavam, ninguém me dava a mão.
Um dia, nasceu a primeira flor que tinha plantado. Muito pequena, muito frágil, mas estava ali. Eu colhia e o tempo trouxe novas flores, com mais força. Hoje, já me levantei, já não deixo que me cortem.
Hoje, apesar de tudo, estou bem.

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