A cada número correspondia uma e uma só coisa. Lancei o dado. Ele rodopiou, rodopiou e acabou por fugir da mesa e desaparecer. Fiquei dividida por todas as coisas sem optar por nenhuma. E, sentia-me tão bem por poder tê-las todas. Era um privilégio. O tempo passou e umas começaram a invejar as outras. Eu era uma só, mas com tanto para dar. Percebi que gostava de mais de tudo. Que vivia demasiado todos os dias. Que sentia demais as palavras que me dirigiam. Tentei controlar. Racionalizar tudo aquilo que sentia. Mas não consegui. Tentei não ligar. Deixar o tempo correr. Esperar. Vieram ter comigo. Tentei adormecer. Sonhar com dias perfeitos. Acordaram-me. Tentei viver. Fazer e agir sem pensar. Repreenderam-me. E depois de tudo isto sinto-me mal com o nada que fiz! O que querem afinal ? Que eu desapareça? Que eu morra? Digam-me. Gosto tanto de vocês que sou capaz de fazer isso. Querem-me convosco ? Mostrem-me e nunca mais vos deixo. Mas, estou tão farta que só olhem para vocês. Est...
ou metáfora dos pensamentos.