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intemporalidades

Entre os breves segundos que antepunham o próximo minuto tu agarravas-me a mão. Os teus lábios colavam-se à minha face e davas-me um beijo tão suave como uma pluma. Questionavas-me sobre a intemporalidade do minuto seguinte. Eu respondia com todo a certeza do mundo que nunca o perderia. A verdade é que agora mesmo o recordo.
O toque, o olhar, o desejo. Os mesmos sentidos encarnados em mim e em ti. O momento. Aquele segundo eterno.
A felicidade. A gargalhada.
Hoje, estou feliz. Bem. A paz. O novo ar. Inspiro e expiro coordenadamente e sem erros. Calmamente. Começo a viver novamente!

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