No ritmo frenético da cidade encontro-me. No ritmo frenético da cidade procuro-te e perco-te. Sou apenas mais uma a caminhar. Mais uma a correr para todo e nenhum lado. Sou simplesmente mais uma tola que se julga com um futuro. Vou fazendo e determinando o presente. Vou sentindo o sangue a correr, a bochecha a corar, e as mãos a tremer. A dor. Infinitamente, a dor. Proporcionalmente a saudade. A saudade de demasiados. As memórias: Eternas. Efémeras. Quentes e frias. Mornas. Sentidas com o arrepiar da pele e o eriçar dos pêlos. O desejo. O desejo que me envolve o corpo. A alma, alma que chama por ti. No ritmo frenético da cidade tento antever o minuto a seguir. No ritmo frenético da cidade lembro-me dos minutos. Dos vários minutos. Das horas. Dos dias. Das noites... (Mais uma vez, fecham-se as portas e tu não entraste. Percorro a linha à tua espera. Onde estás?) Fito quem entrou. Um deles retribui o olhar. Passam cinco minutos. São castanhos, brilhantes, sofridos. Sai. Ao con...