Na inconstância da cidade
Firmam-me pensamentos
Que os outros de além
Dizem que estão desoladamente sós
Solidão da meretriz
Da puta dos meus sentidos
Que depois de perdidos
Lembram-se e marcam-no com giz
Tirem-me as algemas
Deixem-me correr só
Indefinidamente ou irremediavelmente
Neste mundo que dizem estar coberto de pó
Essa verdade,
Eu digo-vos que é mentira
São flores e árvores
Que cobrem toda a ira.
Ignorantes, as palavras não lidas
Estão perdidas numa síncope
Ignoradas num erro
Destas que dizemos serem as nossas vidas.
Comentários
Ja tinha saudades de te ler.
Sinto a tua falta.
Beijinho