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Subway

 Na inconstância da cidade Firmam-me pensamentos Que os outros de além Dizem que estão desoladamente sós Solidão da meretriz Da puta dos meus sentidos Que depois de perdidos Lembram-se e marcam-no com giz Tirem-me as algemas Deixem-me correr só Indefinidamente ou irremediavelmente Neste mundo que dizem estar coberto de pó Essa verdade, Eu digo-vos que é mentira São flores e árvores Que cobrem toda a ira. Ignorantes, as palavras não lidas Estão perdidas numa síncope Ignoradas num erro Destas que dizemos serem as nossas vidas.

Yellow

Não sei se já me posso considerar adulta. Sinto-me mais velha, Mas na minha cabeça continuam os mesmos frames de um cinema decrépito. Todos os dias no mesmo sítio, Evoco memórias velhas e sujas, E todas as noites espero que o céu esteja complacente com o meu estado de espírito. Depois posso chorar Porque o Universo está em harmonia com a minha alma. E sempre que se acende um fósforo forma-se uma lágrima E sempre que o céu está complacente comigo também.

agora

São dez as árvores que vejo e três estrelas que conto. Um qualquer número astronómico de matéria que vejo da minha varando enquanto fumo. E na meia hora em que aqui fico o meu olhar prende-se apenas à oliveira.