Os segundos vão passando e eu só pedia para não passar tanto tempo comigo mesma.
Se tivesse desejos, pedia para estar contigo...
Estávamos em silêncio a olhar simplesmente; partilhávamos uma cumplicidade total; sentíamos o ar frio da noite ou o calor de uma boa tarde de Verão como se nunca mais voltássemos a ter a mesma oportunidade. Dávamos as mãose eu sentia-me segura. Ninguém me podia deitar abaixo... Tu estarias sempre ali...
Entretanto, acordei!
Aquilo não era eu. Aquilo não eras tu. Aquilo éramos nós. Agora, aquilo é apenas distância, estranheza e uma constante interrogação sobre a realidade desta memória. Eu amei-te. Tu amaste-me. Amámos-nos. Já não nos amamos. Tenho saudades de já não nos amarmos. Não tenho saudades tuas. Tenho saudades dele. Daquele que vi em ti naqueles dias. Foste o depósito da minha expectativa. Desculpa. Enganei-te. Enganaste-me. Enganámos-nos. Perdemos-nos um do outro. ..... ....... Merda! O que quero dizer é que tenho saudades tuas.
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