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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2009

Apontamento XV

Um dia sonhei que te teria. Perdi tudo no minuto a seguir. A cada passo que dou os sentimentos vão fraquejando, as memórias tornam-se pouco fidedignas e as esperanças desvanecem-se na bruma que cobre todas as manhãs. A janela esconde a multidão que caminha, que segue o seu caminho. Cada um com uma história diferente, cada um com os seus sonhos e objectivos e, eu aqui. Deitada, com frio, com saudades dum abraço, dum beijo, que em tempos tive. Fito as fotografias na parede. Não sei se foram ou são amigos quem vejo, mas gostava de os ter aqui, agora. O tempo deixou de existir. São apenas ponteiros que rodam. São apenas minutos, que nem sei o que são, que fogem. Na tentativa de recuperar incorro em erros repetidos. Torno a não querer, a correr, a temer e a perder. O fio vai perdendo elasticidade, vai apodrecendo, vai-se metamorfoseando-se. O produto final é indiferente. O dia corre. Mexe comigo. Encontro novas pessoas todos os dias. Vejo novas vidas. Entendo a efemeridade. Por fim, vo

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=(

Pela primeira vez não quero ir. A minha cama é tão mais fofinha que a outra. Só pedia mais um dia aqui para matar as saudades da minha mãe!

EJOH

Incessantemente, ao som de SOAD, relembro cada minuto, como se fosse intemporal. A passagem lenta, dolorosa e ingrata. As facas afiadas a cortarem lentamente a pele como se de papel se tratasse. A tinta e o sangue a escorrem todos os dias. E, eles corriam. Fracos, mortos, tristes, mórbidos, cabisbaixos. Eu corria e nas encruzilhadas parava para ver o mar. Um mar azul muito límpido, coberto de calma, serenidade. As horas corriam ininterruptamente sem me pedirem autorização. Isto levava a que eu visse todos a avançarem sem pararem. Eu ali, sufocada, caída, sem ninguém. Todos passavam, ninguém me dava a mão. Um dia, nasceu a primeira flor que tinha plantado. Muito pequena, muito frágil, mas estava ali. Eu colhia e o tempo trouxe novas flores, com mais força. Hoje, já me levantei, já não deixo que me cortem. Hoje, apesar de tudo, estou bem.

O Bairro, o pastel, o morango

JORNALISMO! :D

Hoje, depois de subir aquelas escadas, de olhar para as outras escadas, as do infinito, de entrar na 1P9, de me sentar naquela cadeira e de os ouvir, sorri e pensei: "Finalmente, encontrei o meu lugar!"

kitchen hardware

seasons.

Gosto de sentir o Outono chegar. Gosto tanto dele como de todas as estações. Mas, quando chega o Inverno existe saborzinho especial. O vento, a chuva, o frio. A roupa quente. O "cappucino" e a torrada enquanto vejo pela janela as gotas a caírem violentamente sobre o chão. Gosto de Lisboa. Apesar de o Renato sentir o cheiro da gripe A por tudo quanto é lado, eu sinto-me bem aqui.  Sou sincera, sinto falta de algumas pessoas que ficaram na Cidade do Conhecimento, mas não trocava esta correria, estes locais, esta escola, por nada...  O melhor de tudo é que deixei para trás o que me enfraquecia e deixava triste. Apesar de continuar tudo perto, é fácil manter-me distante. E as pessoas? As pessoas são que eu procurava.  Eu por cá vou ficando. No próximo Verão estarei aqui. Verei as folhas a escurecer e depois a cair. A serra a ficar branca. Depois o Sol a raiar, as flores a despontar entre a erva e finalmente o Sol resplandecente que reflecte a água do mar. E passarei todas as esta

DAY

Num só dia descobri que existem 4 tipos de teorias referentes à comunicação. Descobri também que acho muita piada a antropologia! É mesmo cool! Entretanto, também descobri que a Cláudia entrou em Coimbra e lá vai ela!

intemporalidades

Entre os breves segundos que antepunham o próximo minuto tu agarravas-me a mão. Os teus lábios colavam-se à minha face e davas-me um beijo tão suave como uma pluma. Questionavas-me sobre a intemporalidade do minuto seguinte. Eu respondia com todo a certeza do mundo que nunca o perderia. A verdade é que agora mesmo o recordo. O toque, o olhar, o desejo. Os mesmos sentidos encarnados em mim e em ti. O momento. Aquele segundo eterno. A felicidade. A gargalhada. Hoje, estou feliz. Bem. A paz. O novo ar. Inspiro e expiro coordenadamente e sem erros. Calmamente. Começo a viver novamente!

Esta semana vou estar aqui!

(falta de) monotonia

Foi preciso ir para Lisboa para me acontecer de tudo. Já tive bombeiros em casa, já fiquei presa no elevador, já caí por tropeçar num doutor, já fiz um hematoma com mau aspecto por ter alcóol no sangue e não ver um pinoco, já demorei 5horas de Oliveira a Lisboa, já tive convites em espanhol, já fui tradutora, vivo sozinha há um mês e descobri que a Cláudia cozinha mal e o Renato fuma como um chulo, já fui leiloada e já participei em concurso de caras orgásmica. CONCLUSÃO: o que me acontecia, dantes, em meio ano, agora acontece-me em duas semanas! Finalmente, estou onde quero! :D