Aquilo não era eu. Aquilo não eras tu. Aquilo éramos nós. Agora, aquilo é apenas distância, estranheza e uma constante interrogação sobre a realidade desta memória. Eu amei-te. Tu amaste-me. Amámos-nos. Já não nos amamos. Tenho saudades de já não nos amarmos. Não tenho saudades tuas. Tenho saudades dele. Daquele que vi em ti naqueles dias. Foste o depósito da minha expectativa. Desculpa. Enganei-te. Enganaste-me. Enganámos-nos. Perdemos-nos um do outro. ..... ....... Merda! O que quero dizer é que tenho saudades tuas.
Comentários
Aliás, o Pedro Abrunhosa escreveu uma música sobre isso, exactamente. Eu pedi.
"Onde estiveres, eu estou. Onde tu fores, eu vou. Soltam-se amarras e tocam guitarras, por ti, como dantes. Agarra-me esta noite. Sente o tempo que eu perdi. Agarra-me esta noite, que amanhã não estou aqui"