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noite.

Os corpos movem-se ao ritmo das notas. Aqui vive-se uma espécie de ritual de acasalamento onde se escolhem pessoas pelo tamanho da mini-saia, tom de pele e peso. Aqui só se pensa em sexo. Aqui só se olha para o bonito.
No dia a seguir, já sem as roupas caras e a maquilhagem, o interesse pode acabar. Um deles diz umas quantas palavras e o encanto perde-se todo.Mas os rituais continuam dia após dia, as prioridades põem a beleza em primeiro lugar e deixam no fim da lista a bondade, o interesse e a inteligência.
Fala-se de sofrimento como uma coisa má, e depois oiço coisas como "se bela queres ser, tens que sofrer"! Não entendo, juro que não. Em que merda de mundo vivemos nós? Que sítio é este onde me sinto mal por não ser igual às pessoas que estão à minha volta?
Defendem-se tamanhos e gostos iguais.
Não sou daqui, nem de lá. Pertenço a um sítio completamente diferente. Um sítio em que não existe preto ou branco, um sítio onde não existe grande ou pequeno. Um sítio onde se existe, ponto!

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