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suícidio

Sabes quando o mar não é mar? Quando não percebes se estás na praia ou em casa? Independentemente do sítio onde estás só pensas numa coisa. Os pixeis que te vêm à cabeça são sempre os mesmos, estás sempre sozinho, mesmo que não o estejas.
É a pior sensação do mundo. É estar completamente perdido numa rua só com uma direcção. É querer chorar e não conseguir.
Não sabes amar, não sabes odiar. Estás estático e nem consegues pedir ajuda. Perdes os sentidos e andas assim durante uns tempos. Ninguém percebe.
Quando a M. estava assim sentia-se claustrofóbica num grande prado verde. O coração apertava, e apertava. A aorta parecia hiper-activa e o nó da garganta era tão difícil de desfazer que parecia ter sido feito por um marinheiro. M. tinha uma sensação de impotência e de imobilização mesmo quando corria. Sentia-se como um zero, sendo que via nos outros um 100.  Ninguém percebeu.
Quando se está assim usam-se máscaras. É o verdadeiro Carnaval da vida. São poucos ou nenhuns os que vêm quem está do outro lado. E no fim, nem o mascarado se reconhece no espelho

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