Avançar para o conteúdo principal

Apontamento XV

Um dia sonhei que te teria. Perdi tudo no minuto a seguir. A cada passo que dou os sentimentos vão fraquejando, as memórias tornam-se pouco fidedignas e as esperanças desvanecem-se na bruma que cobre todas as manhãs.
A janela esconde a multidão que caminha, que segue o seu caminho. Cada um com uma história diferente, cada um com os seus sonhos e objectivos e, eu aqui. Deitada, com frio, com saudades dum abraço, dum beijo, que em tempos tive.
Fito as fotografias na parede. Não sei se foram ou são amigos quem vejo, mas gostava de os ter aqui, agora. O tempo deixou de existir. São apenas ponteiros que rodam. São apenas minutos, que nem sei o que são, que fogem.
Na tentativa de recuperar incorro em erros repetidos. Torno a não querer, a correr, a temer e a perder. O fio vai perdendo elasticidade, vai apodrecendo, vai-se metamorfoseando-se.
O produto final é indiferente. O dia corre. Mexe comigo. Encontro novas pessoas todos os dias. Vejo novas vidas. Entendo a efemeridade.
Por fim, vou à Brasileira e aprecio o Tejo!

Comentários

Mensagens populares deste blogue